É possível dialogar e resolver conflitos de forma pacífica e eficaz: confira seis dicas

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Fotografia: Pixabay

Texto: Erika Zanon

Você já se viu diante de uma situação difícil e ficou sem saber o que dizer ou disse algo e se arrependeu depois? Algumas conversas são necessárias e difíceis ao mesmo tempo. Qualquer troca envolve emoções, sentimentos, necessidades de todas as partes envolvidas. Mas é possível dialogar e resolver problemas de forma pacífica? Como conversar sem ampliar o conflito? Talvez com uma boa dose de comunicação consciente, como vamos ver nesse artigo, seja possível ter diálogos saudáveis e frutíferos.

Usar os princípios da Comunicação Não Violenta pode ser um bom caminho para conversar sobre temas difíceis tanto no contexto pessoal como no profissional. Mas, antes, é preciso esclarecer que ao contrário dos que muitos pensam, a CNV não serve como um treinamento para ter diálogos mais objetivos e sem brigas, mantendo a calma, convencendo e “ganhando” a parada. Não!

Comunicação Consciente

A CNV é um convite para conversamos de maneira consciente e profunda com quem quer que seja, a partir do que está vivo dentro de nós, dos sentimentos e das emoções que estão presentes, das necessidades que precisam ser atendidas de ambas as partes, e para um fechamento que seja bom e satisfaça todos os envolvidos. Se alguém sai de um diálogo achando que ganhou ou perdeu não foi diálogo consciente!

Confira sete dicas para dialogar sem ampliar o conflito:

1

Você realmente quer (e precisa) ter essa conversa?

A primeira coisa a considerar antes de ter um diálogo é se você realmente quer e quais são suas reais motivações. Para que um diálogo aconteça, e aconteça de maneira consciente, é preciso que ambas as partes desejem e estejam abertas para isso. Não há troca saudável e verdadeira se você ou a outra parte se sente obrigado a fazer isso ou se não há “espaço” para propor esse diálogo. Por isso é sempre importante saber o que te motiva e se você realmente quer ter essa conversa.

2

Escuta empática

Esteja aberto e atento ao que o outro está trazendo. Evite julgar e fazer avaliações. Com empatia, como disse Marshall Rosenberg, que foi quem desenvolveu a CNV, nós ficamos inteiramente “com” o outro e não “cheio” do outro. Esteja preparado para estar com o outro.

3

Cheque as emoções

Durante essa conversa, observe sentimentos, emoções, pensamentos que estão presentes em você enquanto escuta o outro. O que essas emoções querem dizer? Uma boa maneira de estar presente e conectado ao outro e às suas próprias emoções é fazer uma prática de mindfulness antes de iniciar a conversa!

4

Esteja atento às necessidades

Por traz de cada sentimento tem uma necessidade humana que está ou não sendo atendida. Faça essa checagem e veja o que é importante para você e para o outro. Talvez seja útil olhar para as suas necessidades antes mesmo de propor o diálogo ou ser convidado para uma conversa difícil. Quando olhamos para as necessidades envolvidas fica mais fácil se relacionar de forma mais humana.

5

Conecte-se com o fato

Nada mais, nada menos! Mantenha-se conectado ao que realmente aconteceu, ao fato. Evite avaliações e julgamentos. Não inclua acontecimentos do passado ou suposições futuras. Atenha-se ao momento presente.

6

O que está vivo em você?

Quando tiver clareza das emoções e das necessidades por trás de cada sentimento fale a partir desse lugar mais consciente, faça um pedido (para o outro ou para você mesmo), coloque na conversa o que pode tornar a vida de todos melhor! Lembre: sem vencedor ou perdedor. Diálogo bom é aquele que “todos ganham”.

Vamos juntos aprender a ter conversas mais conscientes?